Posts Tagged ‘Sushi Guen’

Mangá no Paladar (O Estado de S.Paulo)

20 de setembro de 2012

A edição especial de aniversário do Paladar (estadao.com.br/paladar) publicada hoje está deliciosa: mangá, restaurantes japoneses, comidas típicas japonesas, vinho e cerveja. Tudo escrito e desenhado. Para ser lido de trás para frente, quando der.

Estou com o Japão na cabeça. Essa semana fui ao restaurante que mais adoro em São Paulo, o Sushi Guen (Brigadeiro Luiz Antonio, 2367) e, lá pelas duas da tarde, depois de preparar os mais maravilhosos sushis, sashimis, tirashis, o sushiman Mitsuaki Shimizu sentou-se no balcão e começou a ler uma revista japonesa linda e colorida: de trás para a frente.

Aí hoje eu vejo, no Paladar, elogio ao amendoim japonês empanado, que adoro. Segundo a matéria assinada por Neide Rigo (p. 6), bom é o amendoim japonês cozido, ainda desconhecido para mim, mas que vou tentar fazer (a receita está publicada).

A matéria sobre o Anthony Bourdain está muito divertida. Ele, Antony Bourdain, é divertido. Fiquei sabendo do Get Jiro, HQ dele e de Joel Rose, publicado pela Vertigo, que conta conflito entre o sushiman Jiro e um chef francês. Fiquei curiosa e procurei na internet: http://www.vertigocomics.com/graphic-novels/get-jiro.
E há muitas histórias sobre mangás e vinhos, cervejas, restaurantes, comida. E desenhos.

Nunca tinha ouvido falar do mangá As Gotas de Deus, de Tadashi Agi (na verdade os irmãos Yuko e Shin Kibayashi), mangá popular sobre vinhos publicado em oito países. Está na página 8, texto de Luiz Horta e Patrícia Ferraz: “A história é a da disputa entre dois jovens irmãos pela herança deixada pelo pai, Kanzaki Yutaka, um dos maiores e mais respeitados críticos de vinho do mundo: uma adega colossal”.

Um dos pratos típicos em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, é o sobá, macarrão artesanal de Okinawa, que tem uma culinária bem específica, mesmo no Japão. Eu já sabia que a culinária de Okinawa é destacada, e sabia, também, que em Campo Grande o sobá é tradicional.
Foi bom ler a notícia.

É isso. Só lendo o Paladar pra ver (http://blogs.estadao.com.br/paladar/)

Daniel Kehlmann, Michel Laub e tirashi no Sushi Guen

17 de abril de 2011

Estava achando chato Fama, de Daniel Kehlmann. Parei, li Longe da Água, de Michel Laub (Companhia das Letras, 2004) e resolvi dar outra chance ao livro (Fama, D. Kehlmann).

O romance  lida com a possibilidade de transformação e de alteridade. Todo mundo pensa em ser outra pessoa, em mudar de personalidade, de corpo, de mente, de amigos, de família. O tema é super atual; na biologia, na psicologia, na psicanálise, estuda-se o tanto que o cérebro e sua química são importantes para a formação da consciência  (livro não fala em química, eu é que fiz a associação).

A literatura reflete sobre a separação entre corpo e mente, entre tempo e espaço, todo o tempo. O  escritor nada mais faz do que entrar em mundos diversos e leva o leitor com ele, para o mundo imaginário de cada um (não necessariamente o mesmo).

Gosto do Sushi Guen da  Brigadeiro Luis Antonio na hora do almoço. Sento no balcão, como um tirashi, leio um livro. O livro do dia era Longe da Água. Fiquei totalmente envolvida com o texto e com o tom da escritura, leve, mas denso. Duvidei um pouco do jeito como terminou, destoou um pouco da naturalidade do caminho inicial. Poderia ter terminado antes, ou terminado de outro jeito. Mesmo assim, o livro é muito bom.