O podcast Procurando Dylan

 

Bob Dylan me acompanha desde que comecei a ouvir música. Ele muda, eu mudo, gosto de outros músicos, mas sempre dele, também. Acompanho tudo, tenho os álbuns, gosto da evolução da voz dele, das letras, dos livros, assisto aos documentários.

Comecei a escrever um livro sobre ele e até estou escrevendo, mas percebo que pode ser complicado. Os romances e os contos dependem só da minha imaginação e das pesquisas; o livro, não.

Bob Dylan  escreveu suas crônicas e eu escrevo minhas crônicas sobre o que eu penso dele, o que sinto e como entendo as músicas e letras. Posso entrelaçar com algum momento da minha vida.  Sinceramente, ainda não sei como fazer isso. Escrevo exercícios, mais erro que acerto.

Nesse tempo em casa fico em casa, trabalho em casa, hoje saí para dar uma volta na praça pela primeira vez,  penso em quem não tem casa, em quem está preso de verdade, em quem está em prisão superlotada, em quem está no hospital dentro daqueles escafandros que parecem roupas de astronauta (Leonardo da Vinci imaginou umas roupas assim, vi em uma exposição recente), penso que posso pegar esse coronga ou qualquer pessoa de quem gosto bastante e não quero pensar nisso, penso que nas guerras a sensação dos bombardeios devia ser pior, a sensação de iminência da morte que deveria haver todas as noites devia ser pior,  as pessoas se casavam antes dos homens partirem para o front, penso nessas coisas e estou aqui escrevendo nesse dia 1º de maio de 2020 no escritório da minha casa.

Acaba de sair o terceiro episódio do podcast que estou fazendo sobre Bob Dylan, esse podcast em que organizo as informações. Juliano edita e faz o som e Babette faz a arte. É um podcast em família. Coloco aqui o link pra vocês ouvirem. Está no You Tube e no Spotfy e estamos tentando colocar no Itunes, não sabemos ainda se vai dar certo.

É um podcast desse período em que estamos meio sozinhos, mas espero que continue,  cada vez tenho mais o que contar.

 

https://www.youtube.com/watch?v=EaKwctiq4G4

 

 

 

 

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