“Mil rosas roubadas” no Prêmio Oceanos: amizade

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Lucimar e Lourenço Mutarelli convidaram o Coletivo Literário Martelinho de Ouro para o Prêmio Oceanos, no Auditório Ibirapuera.

Escritores de muitos livros (os últimos: Só aos domingos, da Lucimar, e O grifo de abdera, do Lourenço), conhecem bem o valor da ideia e da palavra e conduziram a cerimônia com simpatia, sempre homenageando a literatura. Todos foram lembrados nas falas: escritores, editores, leitores, o cinema.

Silviano Santiago (Mil rosas roubadas), Elvira Vigna (Por escrito), Alberto Mussa (A primeira história do mundo) e Glauco Mattoso (Saccola de feira) foram os quatro premiados.

Coube a Silviano Santiago o primeiro lugar, e foi bonito. Ainda não li os livros vencedores. Então, para mim, é simbólico que o autor mais antigo tenha ficado em primeiro, a escritura da vida é reconhecida no prêmio.

O escritor e professor Daniel Munduruku entregou o troféu  a Silviano Santiago. Antes, falou sobre a importância de o Brasil olhar para povos indígenas que formaram e fazem parte de sua história.

Ao falar sobre a primeira frase de seu livro (Perco meu biógrafo), antes de receber o prêmio, Silviano Santiago disse, mais ou menos, que, no momento em que o narrador perde a pessoa mais querida, está perdendo a si mesmo, escrever sobre o outro é recuperar a própria história. O sobrevivente é quem narra o outro para conhecer a si mesmo.

Toda narrativa tem dois lados (ou mais), e agora já estou em uma digressão, ainda não li “Mil rosas roubadas”.

Já estou com o livro no meu leitor. E, procurando, leio a frase: “Que o bom amigo seja minha sentinela, meu espectador, meu padrinho, meu superego voluntário. Não importa. Que seja meu olheiro, como se diz na gíria de futebol”.

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