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Califórnia em julho

26 de julho de 2011

Estados Unidos. Em um primeiro momento a gente vê que os filmes americanos são reais. O cinema mostra quase tudo.
Depois de um tempo, dá um certo bode, uma chateação ouvir aquela voz artificial dizendo “sure”, ou “ok”, naquela entonação característica. Quando a gente tenta imitar, eles tratam melhor. Há muitas regras e alguns códigos de comportamento, eles são muito diretos. E são necessariamente gentis:”How are you today?” “Have a good day” “Enjoy the rest of your day!” É o tempo todo assim. Às vezes a gente até acredita que é sincero. De qualquer forma, é confortante. Em Los Angeles a cortesia é mais evidente. Depois, no fim da viagem, dá pra ver que muitos cumprimentos são sinceros, muitas pessoas são legais e eles se esforçam para agradar (será melhor se você tiver um ou mais cartões de crédito).
São Francisco é uma cidade bonita, não é muito grande. Tem umas áreas muito bem definidas. Fisherman’s Wharf tem barcos lindos no mar, hotéis (Sheraton, Marriott, Radisson), muitas lojas de eletrônicos para turistas (tudo meio esquisito), o Museu de cera, um gramado lindo de frente para o mar, uns piers para leões marinhos que não estavam lá na hora, frutas lindas pra gente comprar e comer com chocolate no Pier 39.
A loja de chocolates e sorvetes da Ghirardelli tem o melhor sunday do mundo, mas se você por acaso for em um domingo de sol, pode se preparar para um tempo de espera na fila: demora. Mas vale a pena. Eles não pensam duas vezes antes de entrar em uma fila que vale a pena. Ouvi em LA que lá eles ficam em filas por cupcakes.
Ripley’s Believe it or not! é um pequeno museu que mostra objetos, relatos, excentricidades colecionadas por Robert Ripley, um americano jornalista que viajou para muitos lugares distantes quando viajar não era muito fácil. Se você estiver com crianças, é um bom programa. Tive a sensação, naquele museu, do sonho americano, daquela ideia de que tudo é possível, se a gente acreditar e trabalhar pelo que quer. Não sei se é isso, é difícil fugir dos lugares comuns, nessas horas.
Fomos a ótimos restaurantes, em São Francisco. Um amigo nos indicou um vietnamita, The Slanted Door, muito gostoso (http://www.slanteddoor.com) Fica no Embarcadero (Ferry Building), um lugar bonito, perto do mar. Parece que de dia é mais divertido. Ali já deu pra perceber que o serviço, nos restaurantes, é muito gentil e prestativo. Eles são atenciosos.
As pessoas que trabalham, aquelas com quem a gente fala, são amáveis. É que a gratificação pode chegar a 20%, então elas se esforçam pra gente consumir e retribuir o bom atendimento.
São Francisco tem mar e muitas ladeiras. Em um dos dias almoçamos em um restaurante famoso, The Cheesecake Factory, no 8º andar da Macy’s, em Union Square (http://www.thecheesecakefactory.com). Uma moça brasileira trabalha lá e conversamos, foi legal. A comida é gostosa e as tortas, muito melhores. Cheescake de banana, de Browne, todas engordativas. Sentamos no terraço, foi muito bom.
Almoçamos também no Scoma’s (http:// http://www.scomas.com), que fica no Fisherman’s Wharf. O restaurante é tradicional e os pratos com frutos do mar são bons.
Fizemos um City Tour. Em um City Tour a gente tem uma ideia geral da cidade, passa pelos principais pontos. E assim vimos a Golden Gate pela primeira vez. Passamos por Haight Street, que tem um passado hippie muito forte, todo Janis, Grateful Dad, paz e amor. Hoje eles vendem camisetas manchadas, roupas usadas. Mas há lojas de vinil, lá. Voltamos outro dia e comprei 3 discos: trilha sonora de Bound for Glory, Jim Croce e Ry Cooder. Há centenas de discos super legais na loja. Foi a única loja de discos que vi nos Estados Unidos. Essa e uma que ficava na mesma calçada, de disco de vinil, também.
Ainda no City Tour passamos por uma praça onde ficam casas em estilo vitoriano, muito famosas, aparecem em várias fotografias da cidade (http://www.sanfranshuttletours.com/alamo_square.htm). Uma dessas casas foi cenário para aquele filme engraçado, estrelado por Robin Williams: Uma babá quase perfeita (http://www.movie-locations.com/movies/m/mrsdoubtfire.html). Os guias de viagem contam essas coisas, mas a gente só presta atenção lá, ou quando volta.
Tentamos ir ao famoso parque Muir Woods, mas só chegamos até Muir Beach. Muir Woods estava cheio, não encontramos lugar para estacionar o carro. É como ir ao Ibirapuera em um domingo de sol: não é fácil. Aí paramos na Columbus Avenue, almoçamos no Café Zoetrope, do Coppola, com endereço na Kearny St, pertinho da Columbus. Lá foram escritos os roteiros de filmes muito importantes. Foi emocionante almoçar ali, onde, disseram, foi criada a Ceasar Salad, que é muito boa, por sinal, assim como o tiramisu.