Londres é o lugar perfeito para ficção. Sherlock Holmes, Hercule Poirot, James Bond, Harry Potter, vivem lá. Sherlock mora na Baker Street 221 b.
Edições dos livros de Agatha Christie estão nas livrarias no exato formato em que lançadas. Na época em que Agatha Christie era novidade, as capas dos livros explicavam quem ela era, informação que, hoje, não faz qualquer sentido. Mas é muito legal ver as capas originais. Elas dão mais vontade de ler, as histórias parecem novas.
Fui a Hogwarts. J.K Rowling criou um mundo e tanto para Harry Potter, que o cinema reproduziu bem. Figurinos, maquetes, mobiliário, tudo está lá. A fantasia não tem limites.
Mas há realidade, também. Na Biblioteca Britânica, está um documento jurídico importante: a Magna Carta, que em 1215 estabeleceu limites ao poder real. Fui lá e vi.
Vi também o primeiro Folio de Shakespeare (http://www.bl.uk/onlinegallery/onlineex/landprint/shakespeare/).
A Biblioteca Britânica é um lugar maravilhoso.
Vi a Pedra Rosetta, no Museu Britânico. E também a múmia de Cleópatra.
Quase fui ao lugar onde Winston Churchill protegia-se dos bombardeios e fazia reuniões e discursos durante 2ª Guerra: Churchill War Rooms. Como diria Anette, a personagem de “Viagem sentimental ao Japão”, uma viagem vale muito, e mais, pelos lugares não visitados. Memórias inventadas. Sinto como se tivesse estado lá. Estive, mesmo, na imaginação.
O que importa é que tanto os subterrâneos de Churchill como a belíssima maquete de Hogwarts dão vontade de escrever e me fazem acreditar cada vez mais que a ficção faz todo sentido.
A imaginação é tudo, como diria Willy Wonka, personagem de Road Dahl em Charlie and the Chocolate Factory. Assisti ao musical no Royal Theatre Dury Lane, na última fila do Balcão. Vi muito de cima, mas vi tudo. A certa altura, Mr. Wonka diz a Charlie que ele insiste sempre em fazer alguma coisa do nada, algo como “make something of nothing”, pelo que me lembro. Isso foi na sala em que havia um caderno onde Willy Wonka anotava suas ideias, sala que só Charlie visitou.
E então penso no romance policial que estou escrevendo, em como minha história pode ficar mais interessante, em como meus personagens podem ter vida e um endereço certo, como Shelock: Baker Street, 221b.
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