Embora já conheça a Escandinávia, boa parte da Europa, bastante do Brasil, nunca fui a alguns lugares meio óbvios e muito visitados. A Disney, em Orlando, Flórida, é um desses lugares. Tem gente que eu conheço que já foi até lá duas ou três vezes. Adultos amam a Disney. Ouço falar em parques temáticos, resorts de luxo, hotéis dentro e fora da Disney, aluguel de carros, gps nos veículos, castelo da Cinderela, jantar com o ursinho Pooh, Epcot, Sea World, Universal, montanhas russas de variadas formas e modelos, como se tudo isso fosse uma coisa só e estivesse logo aqui na esquina. E me pergunto como nunca fui lá. É que sempre achei caro, complicado e talvez não merecido ir a um lugar onde a fantasia pudesse me desligar de minhas angústias tão comuns. Se eu for a lugares tão maravilhosos e sentir emoções tão fortes, o que mais poderei fazer? Aonde mais poderei ir? É bom deixar a Disney por último, para uma outra oportunidade, como uma estrela guia. Será isso? Pode ser que eu não tenha a menor vontade de conhecer a Disney e Orlando, pode ser que tudo aquilo me canse, que eu não goste de andar sob o sol escaldante e muito menos de ficar em filas, como ouvi dizer que ficam. A verdade é: nunca fui à Disney. Também nunca fiz uma coisa que muita gente já fez: nunca esquiei. E nunca vi neve caindo. Já vi neve no chão, na Noruega e em Bariloche. Conheci Bariloche no verão e a paisagem é muito linda. Mas aquela coisa branca e fofa caindo eu não vi. Fui a um resort de neve quando não havia neve, na Noruega, e era como um clube no fim da festa, esquisito. Tenho essas duas frustrações, a de nunca ter visto neve e a de não ter visto a Disney. Talvez, mas só talvez, eu vá a Orlando ainda este ano. Agora a neve vou deixar guardada na imaginação, porque pode ser que eu veja, e sinta muito frio.
Tags: lugar
Deixe um comentário