A Fazenda Africana

Terminei de ler A fazenda africana, de Karen Blixen, em edição da Cosac Naify de capa dura (2005). Gostei tanto que demorei lendo, pra não acabar. Mas a última página chegou. Não leio outra vez porque não gosto de reler livros. Ainda não gosto. Parece que quando as pessoas ficam mais velhas começam a reler. Duvido que eu faça isso. Um livro lido é quase que uma página virada, reler é como voltar pra casa pra ver se o fogão ficou ligado ou pra pegar uma chave esquecida. Poderia comentar muitas passagens, especialmente aquelas em que a autora fala das pessoas de cultura diferente da dela com quem conviveu, ou as passagens em que o tempo é o personagem, o tempo lento em que muita coisa acontece, em que os relacionamentos se desenvolvem, as pessoas se conhecem. Silencio, no entanto, guardando a emoção da leitura pra mim. Os capítulos mais bonitos do livro são aqueles em que ela fala de Denys, de seus momentos juntos e sua morte. As passagens são curtas, delicadas e muito intensas. O livro me fez ter vontade de aprender a fazer tudo mais devagar, se for possível. Talvez um bom exercício fosse ler o livro outra vez.

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