Fui ao Clube de Prosa da Cosac Naify na Livraria Cultura em 23 de novembro. O livro escolhido: Como funciona a ficção, de James Wood, publicado pela editora em 2011.
O mediador, Daniel Benevides, estava super bem preparado. Falou sobre James Wood, crítico americano que escreve para a New Yorker e já publicou outros livros.
Pena que precisei sair mais cedo. Até o momento em que fiquei, a conclusão era a de que o livro desmistifica leitura, aproximando livros e pessoas.
É verdade. E o livro é importante, também, para quem escreve e quer escrever mais e melhor. Gosto de ler a parte em que ele fala da personagem de ficção.
James Wood reflete sobre Jean Brodie, personagem criada por Muriel Spark, que nunca li. A Srta. Brodie é uma professora que aparece por meio de seus alunos. Olha só: “Ao reduzir a Srta. Brodie a uma simples coleção de máximas, Spark nos obriga a virar alunos de Brodie. No decorrer do romance, nunca deixamos a escola ou vamos para casa com ela. Nunca a vemos em sua vida particular, fora de cena. A Srta. Brodie é sempre uma personagem em ação, mantendo uma face pública. Supomos que há alguma frustração e mesmo certo desespero nela, mas a romancista nos nega acesso ao interior do personagem” (p. 107).
Fiquei curiosa para conhecer Muriel Spark e a Srta. Brodie. Mesmo sem ler The prime of miss Jean Brodie, já gosto da Srta. Brodie.
Agora essa frase de James Wood – Spark estava profundamente interessada no quanto podemos conhecer de alguém – refere-se, no meu ponto de vista, ao assunto principal da literatura.
Segue link para texto de Daniel Benevides sobre o livro no blog da Cosac: http://editora.cosacnaify.com.br/blog/?p=9946.
Tags: Cosac naify, Daniel Benevides, James Wood, literatura, Muriel Spark, Srta. Brodie
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