Depois de São Francisco, fomos a Carmel (Carmel by the sea), uma cidade onde nada está fora do lugar. Clint Eastwood foi prefeito lá e isso é o que mais se ouve quando se ouve falar de Carmel. As vitrines das lojas são lindas, objetos bonitos são dispostos de maneira muito organizada, sob iluminação adequada. Não há prédios, só casas com jardins coloridos, bem aparados. A praia parece selvagem, mas está ali no seu lugar, tranquila. Pena que não estava sol.
Em Carmel há muitos cafés e em um deles comi, pela primeira vez na vida, carrot cake. Foi engraçado porque eu tinha visto na internet um vídeo na TV UOL ensinando a fazer essa torta e aí eu vi e quis logo provar . É uma delícia, mesmo. Jantamos em dois restaurantes legais: Grassing’s e Nico Ristorante.
Fomos super bem recebidos nos dois. Nos EUA os garcons são super adequados ao estilo do lugar. Eles devem ter recursos humanos muito bem preparados para selecionar o pessoal. Cada restaurante tem o garçom perfeito pra ele: contido, se o lugar é mais formal; alegre, se é para crianças, ou se a comida é leve. E assim vai.
Carmel é muito perto de Monterey, onde está um aquário super mencionado nos guias de viagem. É bacana, mas não achei assim espetacular. Em São Francisco, já havíamos visto um aquário bonito na California Academy o Sciences (http://www.calacademy.org ), então não nos espantamos com o de Monterrey. O que nos agradou em Monterey foi o almoço no Bubba Gump, o restaurante do Forrest Gump. Vimos ali pela primeira vez, mas há deles em muitos lugares (http://www.bubbagump.com/locations). É prático, rápido, eficiente, os camarões são gostosos. As sobremesas são imensas. Uma de sorvete sobre um cookie gigante e macio é das melhores que experimentei.
As comidas chamam atenção nas viagens. Os momentos em que paramos de nos movimentar, em nos sentamos à mesa e descansamos para conversar e saborear são dos melhores. E os garçons são as pessoas com quem falamos sempre, se não temos amigos ou conhecidos. E os americanos fazem tudo para que nos sintamos bem. Se eles estão interessados na parte que lhes cabe no tanto que gastamos, não importa. É horrível chegar em um restaurante e ficar esperando horas para ser atendido, desconfiando se o serviço é ruim ou se eles estão nos discriminando por qualquer motivo. Isso não acontece nos Estados Unidos.
Encontramos nosso hotel no Hoteis.com. Pagamos adiantado, pela internet, e deu tudo certo. O hotel é acolhedor, com wireless free no apartamento, tem uma salinha, uma pequena cozinha, quarto e banheiro. O problema era que o banheiro tinha duas portas e ficava entre o quarto e a sala. Quem estava na sala não podia passar para o quarto sem passar antes pelo banheiro. Tudo o mais era confortável. O hotel chama-se Wayside Inn. Não é bem hotel, é um Inn, daqueles em que não há lobby ou áreas comuns.
De Carmel fomos, pela Highway 1, passando por Big Sur, até Santa Barbara. A viagem durou 1 dia, chegamos lá no fim do dia. Em Big Sur paramos, para o almoço, em um restaurante super famoso, Nepenthe, parecido um pouco como o Recanto Santa Bárbara, na Rodovia Tamoios, estrada que vai para Ubatuba. O garçom era muito falante, falava tudo como se estivesse dando aula, discursando. Um cara alto, interessado em falar sobre tudo com um tom sabido. Ele deu pra gente um menu comemorativo do aniversário do restaurante, com os pratos servidos na época. A comida é estilo natural, saudável.
Na estrada foi tudo bem. Poderíamos ter parado nas cabanas de Big Sur, visto lobos ou elefantes marinhos, poderíamos ter visto o Hearst Castle, mas não quisemos, queríamos chegar. A estrada é bonita. Mas não sei… gosto mais de estar nas cidades, e não de ir até elas. Cada um tem sua percepção específica dos lugares e, embora a estrada seja linda e tudo o mais, não me tocou tanto. E chegamos em Santa Barbara, em um hotel pequeno reservado pela internet, muito diminuto e longe da praia. Mas as donas – não sei se eram donas ou não – eram muito simpáticas, prestativas, quase amorosas. O hotel chama-se Agave Inn. O quarto era ótimo, grande, espaçoso, decorado com bom gosto. Mas o lugar era tão esquisitamente solitário e longe da praia que não deu vontade de ficar. Santa Barbara me pareceu um Guarujá, ou Santos. Não tive a menor curiosidade de conhecer e constatei que eu gosto mesmo é das cidades grandes.
Tags: California, Carmel, Monterrey, Nepenthe
24 de setembro de 2014 às 10:35 |
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